Iluminação de Restaurante Oriental Contemporâneo

Case: RESTAURANTE OKKU - Dubai /Emirados Árabes
Lighting Designer: Michael Curry - DPA Lighting Consultants

O restaurante Okku foi planejado para acolher os visitantes em ambientes ao mesmo tempo intimistas e dramáticos onde as áreas escuras e as sombras desempenham um papel fundamental. Para criar a atmosfera desejada, o ponto de partida foi explorar equipamentos de luz que pudessem ficar praticamentes invisíveis no teto de madeira escura, quase negra.Luminárias downlight embutidas, equipamentos com lâmpadas halógenas MR-16 (50W, 1O e 24 graus)cumprem esta função. Esta solução tornou-se a base neutra do projeto e, por isso, foi empregada em quase todos os ambientes (recepção, bar e salão principal no primeiro piso e salas de jantar privativas no mezanino), onde convive em harmonia com mesas iluminadas por luz de velas e luminárias orientais.

O conjunto de grande efeito formado por dois aquários repletos de águas-vivas, que totaliza 8m de comprimento e se estende ao longo do balcão de bebidas, foi iluminado internamente por seis LED lines embutidas (300mm), de alta potência, com sistema RGB.Paralelamente aos aquários, surge uma espécie de cascata de luz que ocupa boa parte da extensão do pavimento térreo, criando uma suave divisão entre o salão principal e a área ocupada por bar e recepção. Trata-se de uma cortina confeccionada por cabos de fibra óptica (aproximadamente 4,8m de altura),com dimerização eletrônica. As prateleiras que exibem utensílios de mesa japoneses, dispostas atrás do balcão de preparo de sushis, receberam uma montagem de tubos flexíveis de policarbonato transparente,em cujo interior são dispostas,a cada 25mm,minilâmpadas halógenas de baixa voltagem (40W/m). O sistema é especialmente destinado a fornecer iluminação sutil para prateleiras, potencializando o brilho de objetos de cerâmica ou vidro.

O projeto de iluminação das salas de jantar do mezanino, combinou luminárias downlight embutidas, equipadas com lâmpadas halógenas MR-16(50W,10graus)e miniluminárias tipo spot com halógenas MR-11(35W,10graus).Esta última lâmpada também foi utilizada em luminárias downlight embutidas na estrutura da balaustrada,que realçam as portas deslizantes inspiradas em biombos orientais que delimitam cada uma das salas. Ainda no mezanino,sob as mesas,há tubos de policarbonato iluminados, semelhantes aos utilizados no balcão de sushis.De acordo com o lighting designer,"um dos conceitos-chave foi acentuar as texturas,materiais e elementos de mobiliário especificados pelo projeto arquitetônico".

Salvo raras exceções,como a cascata de LED e fibra ótica ou as LEDlines embutidas (10W/m,2.700K)que iluminam o balcão da hostess,todos os equipamentos utilizados possuem dimerização eletrônica remota,que permite a criação de diferentes possibilidades cenográficas,para o dia ou para a noite,além de programação para o modo de economia de energia.Como resultado,o projeto conquistou o prêmio Palme Middle West 2010,na categoria "Melhor Uso da Iluminação - Hospitalidade e Lazer".

Fonte: Revista L+D por Carine Savietto (íntegra na ed.31)
Imagens: a212.com / freeforest.co.uk / stay.com

Sinfonia de Luz

Light Symphony for Sobranie London, by Cinimod Studio

O britânico Dominic Harris e sua equipe do Cinimod Studio criaram sob encomenda um lustre monumental para instalação no átrio central do shopping Evropeisky, em Moscou (Russia).Batizado de Light Symphony, o lustre possui 15m de altura e é composto por 240 tubos luminosos suspensos no espaço, que criaram um volume cadente de luz vermelha, branca e dourada.
Sua principal característica, no entanto, não é a beleza ou a monumentalidade, e sim a interação:diferentemente dos lustres tradicionais, este foi criado para interagir com o público, que se torna o "maestro"dessa sinfonia luminosa.As pessoas podem orquestrar complexos movimentos de cores no lustre utilizando suas mãos e braços para comandar um painel de LEDs sensível ao toque. "A resposta é imediata e o efeito,claro,fluido e recompensador", afirma Harris.
Essa instalação reforça a abordagem adotada constantemente pelo Cinimed Studio, na qual sistemas eletrônicos e de controle altamente complexos e técnicos são apresentados de maneira altamente intuitiva e natural.(Revista L+D)

Iluminação Esportiva

Cases: Parque Aquático Maria Lenk - RJ
e Maracanazinho - RJ

Arquiteto e Lighting Designer: José Luiz Galvão *titular da Contrastes Arquitetura de Iluminação

José Luiz Galvão - Master of Scienses em Architectural Engineering pela Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA) - foi meu Mestre na Pós-Graduação em Arquitetura de Iluminação pela Universidade Veiga de Almeida - RJ.
Abaixo tenho a satisfação de transcrever uma parte da sua matéria publicada na revista Lume Arquitetura (íntegra na edição 34).

Para atender às demandas dos jogos Panamericanos de 2007, realizados no Rio de Janeiro, fui incumbido de desenvolver projetos luminotécnicos para o Parque Aquático Maria Lenk e para as arquibancadas e áreas sociais do Maracanãzinho.
Tanto para o parque aquático, que é uma construção nova, como para o ginásio, que teve de passar por reforma total, as metas mais importantes dos projetos foram: prover iluminâncias compatíveis com a excelência de desempenho dos atletas, dando-lhes plenas condições de alcançar seus objetivos; possibilitar às redes de TV a captação, geração e transmissão de imagens de alta definição.

Parque Aquático Maria Lenk

Nos projetos de iluminação interna e externa do local, atuei ao lado dos arquitetos Michel Toussaints Malta, pela Contrastes Arquitetura de Iluminação;e Fabio Brussolo e Elizabeth Maldonado Andrade do escritório Roberto Thompson Motta Arquiteto.Juntos, apresentamos o projeto de iluminação do conjunto de piscinas de natação, salto e das fachadas, além das partes internas do conjunto.

Premissas para desenvolvimento dos projetos de iluminação
Para desenvolver os projetos, foram consultadas normas nacionais e internacionais para a seleção de iluminâncias e estabelecimento de relações de contrastes às atividades ambientais. As recomendações da Fina prescrevem 1500 lux para toda a extensão das piscinas, em competições olímpicas e campeonatos mundiais. No entanto, a necessidade de TV de alta definição tornou necessária a manutenção de 2500 lux sobre toda a área da piscina. As arquibancadas deveriam ser iluminadas por sistemas que não estabelecessem contrastes indesejados nas imagens projetadas.

Área das piscinas
Ao longo das coberturas das arquibancadas foi desenvolvida uma passarela metálica, com a finalidade de fixação e manutenção de 196 projetores modelo Radial 3, para lâmpadas a multivapores metálicos de 1000W,a 4200K, que iluminariam a área da piscina. Esses equipamentos foram instalados em ângulos estratégicos de arremeso de luz, para evitar ofuscamento refletido para a arquibancada do lado oposto.
O acionamento dos sitemas, a pedido do cliente, permitia a variação de iluminâncias de 600 lux para treinos e atividades não-competitivas e 2500 lux quando houvesse competições e transmissão de HDTV.

Arquibancadas
Para as arquibancadas foram instalados,de cada lado, 28 projetores herméticos,com lente de vidro temperado,modelo Radial 3, equipados com lâmpadas de multivapores metálicos de 250W,a 4200K. Esses equipamentos tiveram seus focos voltados para o revestimento branco de cada cobertura, para difusão indireta da luz nas áreas destinadas aos espectadores. A decisão de iluminar essa área de forma indireta evitou grandes olheiras e sombras indesejáveis na platéia, ofuscamentos e interferências de luz nas áreas onde os atletas se apresentam.

Fachadas
As fachadas receberam um banho de luz, fornecido por 48 projetores modelo Radial, para lâmpadas a multivapores metálicos de 250W,a 4200K,instalados nos pilares.Esse sitema, além de revelar a textura das fachadas, ilumina a calçada por reflexão. Para se conseguir este efeito foi adotada a montagem tipo "jaboticaba", ou seja,sem o uso de hastes ou braços de fixação, escondendo, assim, os equipamentos da vista dos passantes.

Maracanãzinho

O local foi contemplado por dois projetos de iluminação: um para a quadra, pela General Electric do Brasil;e outro para as arquibancadas e cadeiras e áreas internas do ginásio, por nós da Contrastes Arquitetura de Iluminação.

Sistemas de projetores
Para a iluminação das arquibancadas, áreas adjacentes à quadra, foram adotados projetores com lâmpadas a multivapores metálicos de 400W,a 4200K.Dotadas de aletas antiofuscantes horizontais na cor preta, as luminárias destinadas à iluminação das áreas mais altas da arquibancada possuem vidros jateados(96 peças);e as que iluminam as partes inferiores que tem vidros transparentes(192 peças), com controle adicional de ofuscamento direto. Os equipamentos foram instalados em uma passarela técnica circular, que servia de leito para a cablagem de alimentação elétrica dos sistemas de iluminação.

Sistema fluorescente
Para facilitar o acesso e localização dos assentos nas áreas periféricas das arquibancadas, o trecho plano do teto, que circunda o estádio, recebeu um sistema de iluminação indireta, proveniente de sancas, equipadas com lâmpadas T5 de 28W (716 peças) e 14W (48 peças, amabas a 3000K).

Sistema Color Mix
A cobertura abobadada do ginásio foi destacada com luz colorida de 40 luminárias Sunset Color Mix14, cada uma equipada com três lâmpadas fluorescentes de 14W, nas cores azul, verde e vermelho, instaladas na gôndola central.

Fonte: Lume Arquitetura por José Luiz Galvão (matéria completa na ed.34)
Imagens: Portaltransparência jogos Rio 2016 / Flex Eventos Rio 2016

Iluminação de Escritório Empresarial

Case: Imobiliária HAMMERSON
Londres - Inglaterra
 Lighting Designer: Sally Storey

Ao entrar na recepção com pé-direito duplo, o olhar é atraído para as fendas lineares que abrangem o teto do primeiro andar e para o vazio aberto.
Nas fendas foram aplicados downlights com lâmpadas vapor metálico nos espaços com dupla altura e lâmpadas halógenas dimerizadas na área da sala de estar com pé-direito mais baixo.
A recepção em pedra é delineada pela luz de lâmpada de cátodo frio que destaca também o logotipo da empresa.

Destaque para as áreas de transição como corredores (foto abaixo) onde foram aplicados iluminação uplighting e fendas de luz nas paredes criando efeitos interessantes no teto.

Fonte: Lighting Academy / Stortford Interiors

Iluminação de Exposições

Case: Pintores Austríacos * Nascimento da Arte Moderna
Milão / Itália
Lighting Designer : Barbara Balestreri

O projeto de iluminação para esta exposição, tendo em vista que representa o nascimento da Arte Moderna, na Áustria, tenta levar os visitantes através da descoberta das obras de arte, estimulando também a introspecção psicológica dos principais artistas austríacos: Egon Schiele e Gustav Klimt.

A luz desempenhou um papel chave na correta visualização das obras de arte, tanto nos desenhos em papel quanto nas pinturas. Uma das principais características do conceito da lighting designer foi o uso de cores quentes através de fontes de luz halógena de diferentes potências, com uma reprodução de cor alta e feixes de luz de diferentes larguras.
Os projetores são dimerizáveis, a fim de ajustar a intensidade luminosa e assegurar níveis muito baixos de iluminação, especialmente para as obras de arte em papel que são extremamente delicadas. Além disso, esses projetores estão equipados com lentes e acessórios especiais para evitar qualquer efeito de brilho e garantir uma luz difusa, pontual ou linear, conforme o caso.

A luz ambiente suavemente lava as paredes, enquanto os desenhos de Schiele, em que os níveis de luz são muito baixos para fins de conservação (máximo 30 lux), são verticalmente destacados por "escovas" de luz.
Desenhos de Klimt e Kokoschka são iluminados por uma luz horizontal suave, enquanto todas as telas à óleo são enfatizadas com uma luz mais acertativa (250 lux).

Fonte: Lighting Academy

Iluminação LED em fachada de vidro

Case: ROCA GALLERY - Barcelona / Espanha

No ritmo das águas
Quando os arquitetos do Estudio OAB iniciaram a concepção do showroom da Roca, em Barcelona, as premissas eram muito claras. Primeiro, era preciso criar um espaço que refletisse a imagem e os valores da empresa, líder mundial em produtos para salas de banho. Além disso, o edifício deveria funcionar como um ícone capaz de representar o passado, o presente e o futuro da companhia e, ainda, se destacar em uma cidade reconhecida por sua arquitetura vanguardista. Na busca para alcançar tais objetivos, a iluminação foi peça-chave, como comprova a menção especial do IALD Awards dada ao projeto luminotécnico, realizado pelos lighting designers do Artec3.

O bloco retangular de três pavimentos e 2.400m2 chama a atenção pela fachada de vidro, que foge à transparência convencional. Durante o dia, a pele translúcida funciona como uma espécie de véu que, em alguns momentos, permite visualizar o interior. Ao entardecer, ilumina-se em tom verde-água graças aos 4.200 LEDs fixados em perfis de vidro de 8cm de largura, presos à fachada. Graças a um sistema de controle integrado, a intensidade da luz altera-se suavemente, gerando a sensação de água em movimento. Desta forma, o edifício se torna uma peça singular: de dia, atrai os olhares pela sua volumetria e pelo efeito sedutor do véu, que ora mostra, ora esconde.À noite, o prédio torna-se um farol, que reflete conceitos associados à imagem corporativa da marca ROCA, como modernidade e leveza estética.

Fonte: Revista L+D / ed.30

Iluminação Hospitalar

Case: HOSPITAL INFANTIL SABARÁ - São Paulo / SP
Lighting Designer: Guinter Parschalk - Studio Ix

A alegria como partido

O trabalho com saúde tem se apropriado cada vez mais dos conceitos de bem-estar e qualidade de vida. Intui-se desde sempre, mas hoje tem-se como verdade, que os estímulos psicológicos positivos podem ser decisivos para os processos de cura. O Hospital Infantil Sabará tem como meta fazer do processo de cura também uma experiência lúdica e, quando possível, alegre. A ILUMINAÇÃO do edifício do hospital, que ocupa 17 andares da Av. Angélica, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, teve papel fundamental no sucesso da proposta.

As suítes receberam uma iluminação diferenciada na régua cirúrgica, que é o anteparo que fica atrás da cama do paciente, contendo terminais de oxigênio, acoplagem de aparelhos médicos, entre outros equipamentos específicos. Graças a uma parceria com o fabricante, foi possível modificar a régua cirúrgica, instalando lâmpadas fluorescentes T-5(28W,3.000K)na parte de baixo e,em cima, um conjunto composto por duas lâmpadas fluorescentes compactas(13W,2.700K)nas laterais e no centro uma outra T-5 fluorescente-esta, azul. Estes três conjuntos apresentam acionamento independentes, oferecendo ao paciente a combinação de luz mais apropriada às suas necessidades.Segundo Parschalk, a regulagem do azul dentro dos quartos ficou a critério dos seus ocupantes, mas nas áreas de circulação em geral no final do dia, assumem automaticamente uma coloração azul, sinalizando a chegada da noite para os que estão distantes de janelas.



As lâmpadas fluorescentes T-5 foram um dos coringas do projeto. Nos corredores, embutidas nas sancas laterais do teto, elas atendem a uma demanda fundamental a um ambiente que funciona ininterruptamente e sem precisão de picos: a baixa necessidade de manutenção. Além do ciclo de vida extenso, a lâmpada foi escolhida por sua reduzida contribuição térmica, outra necessidade hospitalar.

Nos ambientes onde os pacientes costumam ficar ou passar deitados, evitou-se o downlight direto, pois a luz atinge diretamente o rosto de quem está sobre macas. Daí a decisão de aplicar a iluminação nas laterais dos corredores ou utilizar sistemas indiretos em salas e apartamentos, segundo Guinter.

Fonte: Revista L+D - ed.31
Fotos: Hospitalar.com ,Lanfer Arquitetura ,Método Engenharia
Anuário do Design Hospitalar , Saúde Business Web