ARQUITETURA DE ILUMINAÇÃO ************* http://www.angelaabdalla.com.br/ *********** PROJETOS LUMINOTÉCNICOS

domingo, 30 de maio de 2010

Iluminação Hospitalar









A luz em ambientes hospitalares como um componente de saúde e conforto humano

A elaboração de um projeto de iluminação para ambientes hospitalares é um processo complexo que deve buscar, invariavelmente, satisfazer à diversidade de critérios técnicos e às compatibilidades físico-funcionais. A solução projetual deve atender prioritariamente às demandas da atividade ali desempenhada, compatibilizando a possibilidade de realização da função assistencial com outros requisitos pertinentes à arquitetura e ao conforto humano.

A modificação do cenário que abriga os prédios com a função de prestação de serviços de saúde - hospitalar com internação, hospital-dia, unidades de atenção ambulatorial ou unidades de apoio ao diagnóstico e terapia - é um conceito relativamente novo, porém que se renova ininterruptamente. As recomendações de grande significância relacionadas à harmonia arquitetônica, decorrentes das grandes inovações tecnológicas biomédicas, tiveram o seu marco histórico estabelecido a partir do princípio do século XIX, consolidando-se definitivamente com o advento da invenção da energia elétrica, na segunda metade deste século, como elemento indissociado da atividade humana.
Após esse processo evolutivo, e simultaneamente ao surgimento da necessidade de que os ambientes sejam projetados especificamente, que os consultórios atendam às características das diversas especialidades médicas, que cada clínica exija a sua adequação, que as unidades de terapia intensiva e as demais áreas críticas do ambiente hospitalar exerçam a atenção primaz do cuidado específico na sua implantação e compatibilização tecnológica, surge também a necessidade de se promover conforto ao ambiente de trabalho.
A sensação de conforto ambiental não é uma percepção facilmente mensurável. Resultado da harmonia de vários condicionantes - hidrotérmicos, acústicos, visuais, de qualidade do ar, entre outros-ela pode propiciar a integração do homem a seu meio, otimizando seu desempenho, segundo a avaliação do ergonomista e pesquisador Peter Boyce, do Lighting Research Center, um centro de pesquisa e educação, conhecido mundialmente, voltado para iluminação: de tecnologias à aplicação e uso de energia, e de design à saúde e visão.
O desenho do espaço, os elementos funcionais e estéticos, a utilização adequada da iluminação natural e artificial, o uso das cores e, naturalmente, os aspectos vinculados ao conforto ambiental, assumem um papel fundamental na aproximação entre a atividade realizada no ambiente e o resultado desta. Esta abordagem ganha relevância quando se observa a sua importância no acolhimento proposto pelos programas de humanização dos ambientes de saúde. Seja esse serviço de caráter público ou privado.

Os parâmetros técnicos utilizados no Brasil para a elaboração de projetos de iluminação em ambientes hospitalares ainda estào referidos às recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT através da NBR 5413 - Iluminância de Interiores, que determina no item 5.3.28 - Hospitais, "A Iluminância mínima em lux por tipos de atividades ( valores médios em serviço )". No entanto, os novos conceitos de materiais, equipamentos e lâmpadas recomendam pesquisas mais aprofundadas e específicas para cada atividade de atenção à saúde e suas respectivas demandas lumínicas.

Orientações para um projeto de Iluminação Hospitalar
  • a visão que um paciente tem em um leito é do teto, por isso, a iluminação deve ser indireta;
  • cada paciente associa sua patologia às cores, portanto, dependendo da patologia, escolhe-se a cor mais adequada para o relaxamento do paciente;
  • durante uma cirurgia, o campo visual cirúrgico é vermelho e geralmente se encontra sob altíssima luminância e iluminância que varia entre 10 e 20 mil lux. Por isso, o piso do local tende a ser verde, garantindo descanso visual, e ambientes no entorno da sala de cirurgia devem ter 50% de luminância do campo cirúrgico e redução gradativa, para a adaptação do olho de quem ali trabalha;
  • baixa iluminância, próximo ao nível do piso,é ideal para deslocamentos dos pacientes pelos ambientes hospitalares;
  • luminárias nas cabeceiras dos leitos, que permitam diferentes iluminâncias, auxiliam o paciente e o trabalho de enfermagem;
  • o IRC indicado para ambientes hospitalares é de 80 até 90, para não interferir no exame clínico;
  • a temperatura de cor mais usada em hospitais está entre 4000K e 4500K. Por volta de 5000K causa sensação emocional de frio e desconforto. Aproximadamente 3000K dá a sensação de calor;
  • o uso de fluorescentes tubulares com pó trifósforo(16/18W e 32/36W ) e compactas (26W) é ideal para iluminação geral;
  • o uso de luz natural reduz o tempo de internação do paciente, pois auxilia a noção de temporalidade do paciente, ajudando na sua recuperação;
  • a iluminação artificial é indicada em áreas com grande profundidade;
  • a variação de luz anima os usuários de ambientes hospitalares. Exemplos disso é a produção de algumas áreas mais claras que outras, e iluminação de destaque para alguns objetos;



    Fonte: Lume Arquitetura por Fábio Bitencourt e as orientações no final do artigo por Marilice Costi

domingo, 23 de maio de 2010

Iluminação e Sustentabilidade






A integração entre luz natural e artificial



Iluminação sustentável


O projeto de iluminação no contexto da sustentabilidade deve buscar, antes de tudo, a integração entre luz natural e artificial, com o objetivo de se alcançar edificações energeticamente eficientes. O planejamento dessa integração deve avaliar o balanço de carga térmica nos espaços, com o controle do ofuscamento e com a adequação às variações da disponibilidade de luz natural nos diversos horários do dia e épocas do ano.
A pertinência do uso da iluminação natural se baseia, principalmente, na necessidade básica do ser humano de ter uma ligação com a luz do Sol, fonte primária de energia e geradora de vida. A luz natural proporciona inúmeros benefícios aos seres humanos e tem sido associada à satisfação e ao bem estar dos usuários, influenciando o seu estado mental, os aspectos psicológicos e psicoemocionais e a saúde como um todo. Estas influências da luz podem resultar em aumento da produtividade em ambientes de trabalho, no bom desempenho dos alunos nas escolas e na redução do consumo de energia. Portanto, devido a estas qualidades e ao grande potencial de economia de energia proporcionado por seu correto aproveitamento, a luz natural deve ser utilizada como estratégia na busca pela sustentabilidade das edificações.


Integração da luz natural à artificial

A combinação de luz natural e artificial no projeto tem dois objetivos principais: melhorar o conforto visual dos usuários e reduzir o consumo de energia elétrica. O aproveitamento da luz natural aparece como uma ferramenta eficiente na redução desse consumo, porém esta economia só ocorrerá caso haja uma integração inteligente com o sistema de iluminação artificial.

A conservação de energia está intimamente relacionada com a disponibilidade de luz natural, características do edifício, tipologia das aberturas e características do entorno imediato. Desta maneira, um sistema de iluminação artificial deve ser projetado a fim de complementar a luz natural por meio de circuitos independentes ou lâmpadas dimerizáveis a resposta aos níveis variáveis de iluminação natural do ambiente.

O cálculo de economia de energia será feito através da determinação do número de horas onde será necessário o acionamento da iluminação artificial, pois a iluminação natural estará suprindo essa demanda por luz. Assim, além da economia de energia na operação do edifício, haverá retorno do investimento financeiro destinado à implantação desses sistemas.

É importante destacar que a educação do usuário tem papel importante na economia de energia de um edifício. A educação para uso consciente do recurso 'energia' promove mudanças de hábitos arraigados, que demonstram o descaso e desperdício dos recursos naturais.

Quando se fala em conservação de energia, a questão térmica não pode ser dissociada da questão luminosa. O projetista deve analisar o tamanho das aberturas e a necessidade de sombreamento para evitar a incidência da radiação solar direta, levando-se em conta que as aberturas funcionam como uma "ponte"entre as condições internas e externas. O aumento das dimensões das aberturas implicará em um aumento da iluminância interna e também nos ganhos e perdas de carga térmica dentro da edificação.

É de suma importância o estudo da distribuição de luz natural ao longo do ano, para assim sugerir a forma e os métodos de controle do sistema de iluminação artificial. Sabe-se que o comportamento da luz natural no interior das edificações é de difícil avaliação devido à dinâmica própria de sua natureza: variabilidade em função da latitude, ciclos diários e sazonais, dados climáticos e influências do local.

No entanto, já existem hoje ferramentas de projeto que possibilitam tal avaliação.Os softwares que simulam o comportamento das iluminâncias, natural e artificial, apresentam-se como ferramentas promissoras na predição da luz interna durante a fase de projeção, auxiliando o profissional na concepção de ambientes que visem o melhor aproveitamento da luz.

Uma vez previsto o nível de iluminação natural que ocorrerá em um determinado ponto do ambiente, devem-se estabelecer estratégias para a sua integração conjunta com o sistema de iluminação artificial. Objetiva-se, desta forma, atingir níveis satisfatórios para a tarefa visual desempenhada no espaço, segundo normas específicas.

A integração entre a luz natural e a artificial pode ser realizada através das seguintes ações:

  • Deteminação da estratégia de controle (automação)que fará a ligação entre a disponobilidade de luz natural e o sistema de iluminação artificial;
  • Estabelecimento do layout das luminárias em sistemas independentes, de forma a complementar a luz natural ou atuar quando esta não estiver disponível;
  • Escolha de lâmpadas e acessórios energeticamente eficientes;
  • Escolha das luminárias apropriadas à estratégia de controle (automação );



Fonte: Lume Arquitetura por Daniela Pereira e Cecília Mueller (matéria completa na edição n.26). Imagem 1: Simulação de iluminação natural projetada no software RELUX por Angela Abdalla

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Iluminação para Idosos




PERCEPÇÃO VISUAL

A fisiologia da visão revela que o olho humano começa um processo de redução da sua capacidade visual. Como se sabe o olho adulto é uma esfera de aproximadamente 2,5cm de diâmetro que como todo o ser vivo, vai envelhecendo ao longo de sua existência. Em particular antes dos 60 anos há uma necessidade imperiosa com o uso de óculos que visam corrigir a acuidade visual. Posteriormente, os líquidos ou humores aquoso e vítreo, presentes no interior do globo ocular, bem como o cristalino e a córnea, começam a alterar os índices de refração e a sua coloração. Como consequência, o idoso dos 70 anos é, por assim dizer, uma pessoa que enxerga de forma amarelada, resultando daí uma necessidade de mais luz para ver semelhante ao jovem.
Para o projetista de iluminação é muito importante verificar que estas alterações na longevidade devem se traduzir em projetos específicos de iluminação. Fundamentalmente, os idosos precisam de mais luz, de maior iluminância que, conforme as recomendações da Sociedade de Engenharia de Iluminação Norte Americana (IESNA), se traduzem pelo dobro da necessidade usual. Um ambiente onde transitam idosos deve, no mínimo, apresentar 200 lux para as áreas de circulação, 400 lux para atividades de cunho geral e 600 lux para atividades específicas de cunho localizado. Entretanto, não é isto que se vê normalmente. Basta visitar clínicas ou lares geriátricos para se ter uma idéia do quanto se está longe de cumprir esta exigência.

CRITÉRIOS TÉCNICOS

Não basta, simplesmente,uma maior iluminação. É necessário que as fontes luminosas não sejam ofuscantes. O aumento da idade após os 60 anos começa a revelar que o ser humano é mais sensível às fontes de luz. Isto identifica dois tipos básicos de distribuição luminosa, perfeitamente caracterizados na literatura técnica como iluminação indireta ou semi-indireta. Parece que, em um mundo que busca a eficiência energética, estes dois tipos de iluminação são aqueles que representam o menor rendimento ou, mais precisamente, os menores fatores de iluminação. Neste caso, é oportuno mencionar que um projeto de iluminação deve sempre iniciar com a tarefa visual. Esta tarefa é própria do ambiente e está integralmente inserida dentro do aspecto da percepação visual e do seu desempenho. Assim, um projeto de iluminação deve atender inicialmente dois condicionantes básicos como: quantidade de luz ( definida através da iluminância) e qualidade da luz ( definida por luminância, temperatura e índice de reprodução de cor ). A luminância é fornecida nos catálogos de fabricantes de luminárias e o seu uso é conhecido por projetistas de iluminação. Já a temperatura da cor pode ser considerada como da ordem de 3000K visto que idosos tendem a "ver uma vida mais amarelada". Os índices de reprodução de cor devem ser, por essa razão, no mínimo com um valor de 85. Ao empregar luminárias modernas, indiretas ou semi-direta, com alto rendimento, fatalmente o projetista de iluminação estará atendendo aos requisitos da eficácia energética. Esta eficácia estará, assim, intimamente ligada com a tarefa visual.
Contraste e ofuscamentos devidos da luz do dia podem ser controlados mediante o uso de cortinas, cujos modelos variados se encontram no mercado. Áreas de transição entre iluminação externa e interna podem incluir uma área intermediária, adaptada à visão do idoso. Idosos lêem à noite e quando estão deitados, assim os abajures com focos de luz dirigidos, empregando lâmpadas fluorescentes compactas, mas sem serem ofuscantes.





Fonte: Lume Arquitetura por Gilberto José Corrêa da Costa

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Iluminação de Jardins





PRINCIPAIS DICAS

A primeira função da iluminação de jardins e áreas externas é a segurança, no sentido de permitir ao indivíduo andar sem tropeçar. Nada impede, entretanto, que a luz que permite enxergar sirva também para exaltar a beleza de uma paisagem noturna.
O conceito de jardim bem-iluminado não está na grande quantidade de luz aplicada, e sim na criatividade e na qualidade do projeto. Por isso, é preciso cuidado especial para evitar excessos desnecessários. A decisão depende muito de uma boa conversa com o cliente.

Para diferentes ocasiões

Existem inúmeras formas para iluminar jardins, como destacar árvores e arbustos, demarcar caminhos e realçar o colorido das flores. Podem ser utilizadas a iluminação direta, para realçar um ponto específico do jardim, e a indireta, que determina o espaço sem foco de destaque. Escadas, entradas e caminhamentos devem ser mais bem-iluminados por questão de segurança.
Há possibilidade de um projeto ser dividido em várias fases, permitindo o uso da luz de acordo com a ocasião. Assim, é possível ter numa mesma área, desde uma iluminação mais econômica, de segurança, basicamente, até algo mais apropriado para recepcionar pessoas ou realizar festas. No dia-a-dia, por exemplo, não é necessário que todo o aparato fique aceso, mas apenas alguns pontos estratégicos para possibilitar o trabalho de vigia.
Uso de cor só é recomendável em situações de festividade, ambientes de entretenimento ou comerciais, pois, no dia-a-dia, pode tornar-se estressante devido à distorção das cores naturais da vegetação.

Evitando ofuscamento
Quando se destaca algum volume, àrvore ou escultura, deve-se tomar cuidado para que a fonte de luz não ofusque o observador. Se a luz for colocada à frente do objeto teremos valorizadas suas cores e texturas.Se a fonte for colocada por trás, conseguiremos uma valorização de seus contornos. Luminárias subterrâneas podem ser aplicadas junto aos arbustos, árvores e esculturas para gerar um foco direcionado e criar efeitos.

Tipos de equipamentos
Balizadores para demarcar caminhos ou postes pouco mais altos, com no máximo dois metros de altura, para iluminar de maneira geral são recomendados para grandes àreas ou só nas àreas de circulação. Postes, minipostes e projetores (não holofotes) colocados em beirais e muros altos iluminam uma àrea uniformemente, e se prestam mais a um recurso de segurança, ao passo que projetores, blocos de concreto e espetos posicionados no chão oferecem iluminação direcionada e mais dramática.
Luminárias utilizadas em jardim devem ser bem vedadas, uma vez que estarão expostas ao sol e à chuva. As lâmpadas que melhor resistem são as PAR20, 30 e 38, mas mesmo estas devem ter o seu soquete protegido.
Para grandes àreas, as lâmpadas mais adequadas são as de vapor de sódio ou vapor metálico, disponíveis em vários modelos e potências. Já em áreas com flores, em que o colorido deve ser realçado, é importante escolher lâmpadas com alto índice de Reprodução de Cores, como as lâmpadas PAR20,30 ou 38, dicróicas, halógenas bipino e as fluorescentes compactas. Lâmpadas de vapor metálico , 5.000K, com tonalidade azulada, são aconselhadas para causar efeitos, como próximo à piscina, por exemplo. Excluindo raras exceções, lâmpadas com tonalidade entre 2.700K (branca-amarelada) e 4.000K (branca-neutra) são as mais indicadas para iluminar os jardins.
Modernas tecnologias como fibra óticas e LEDS vem ganhando terreno em projetos residenciais ou comerciais, quando o orçamento permite um investimento inicial mais elevado.
No caso da fibra ótica, uma única fonte pode alimentar diversos pontos. Os equipamentos podem ser aplicados como balizadores, uplight - para arbustos, plantas de porte pequeno e médio e algumas espécies de árvores de porte maior - e também iluminando piscinas, espelhos d'água, cascatas, fontes, etc. Os cabos não transmitem energia elétrica por seu percurso, reduzindo possibilidades de acidente.
Os LEDS oferecem baixo consumo de energia como principal vantagem, além do longo tempo de vida útil. São empregados principalmente como balizadores.

Anteprojeto

A elaboração de um anteprojeto é importante. O lighting designer deve solicitar uma lista de plantio, com características principalmente de tamanho (altura e volume) das espécies, se são do tipo que se desenvolve muito ou de como se comportam as raízes. A visitação à obra ajuda muito, principalmente durante a fase de instalação das luminárias.



Fonte de estudo: Lume Arquitetura

terça-feira, 11 de maio de 2010

Iluminação de Bares e Restaurantes






Sensações e estímulos provocados pela luz
Nos bares e restaurantes, a atmosfera criada pela iluminação é tão importante quanto o cardápio. Além de sua função principal, que é mostrar com clareza alimentos e cores, ela invariavelmente contribui com a impressão que as pessoas tem sobre o lugar, seja ela positiva ou não, ao criar ambientações diversas: dramática, convidativa, relaxante, depressiva, interessante ou mesmo aborrecida.
Uma atmosfera para o café da manhã ou almoço bastante iluminada e brilhante pode mudar quando se trata de espaços destinados ao jantar. A flexibilidade da iluminação de um bar ou restaurante pode ser um diferencial de projeto. Ao utilizar diferentes grupos de luminárias com funções e propostas estéticas específicas, associadas aos sistemas de dimerização pode-se obter a luz adequada em ocasiões particulares.
Para a área do bufê, por exemplo, o nível de iluminação deve ser duas vezes superior aos das demais áreas do salào, com o uso de fontes de luz com excelente reprodução de cores para maior vivacidade deste ponto focal.
Luz e Espaço
Uma luz muito difusa e a ausência de sombras deixam todos os objetos com aparência plana e sem definição de formas. O contrário acontece com a combinação de luz e sombras, que intensifica a plasticidade dos objetos e arquitetura.A sombra, como a luz, também deve ser planejada, pois suas qualidades como quantidade, direção e contrastes são características do projeto.
Funções da Luz
A visibilidade corresponde à função primária da iluminação. No entanto, é também um elemento de projeto que tem funções espaciais ao alterar a percepção das formas, materiais, cores e proporções.Isto pode ser obtido a partir das diferenças de intensidade, tonalidades da luz e sua distribuição dentro do espaço. É preciso entender as funções da luz enquanto suporte de valorização e desempenho, tirando partido de suas qualidades como intensidade,cor, forma e movimento para atingir os objetivos do projeto.
O desenho da luz é formado pelos itens: intensidade, que se refere aos níveis de iluminação ou quantidade de brilho; cor, que é produto das características intrínsicas de matizes e tons para modificar a luz incidente; e contrastes de intensidades e cores. Todos esses efeitos são criados com o uso adequado de diferentes tipos de lâmpadas e luminárias e suas posições de instalaçào, que definirào uma modelagem específica para cada espaço.Entende-se como modelagem a distribuição da luz ou de que maneira ela incide nas superfícies criando claros, menos claros e sombras, o que irá definir nossa percepção do ambiente tridimensional. A iluminação pode promover orientação, estabelece limites e cria focos de atenção. Suas principais funções são:
  • Destacar: os seres humanos são fototrópicos, ou seja, são atraídos pela luz. A luz pode definir um foco, reforçar uma organização de hierarquias no espaço ou estimular uma circulação ao longo de um caminho;
  • Separar: estabelece diferentes ambientes num mesmo espaço, pois o sistema de percepção humana facilmente reconhece estas mudanças. Os espaços podem possuir as mesmas características e ainda assim se diferenciarem pela luz;
  • Conectar: interliga espaços através da similaridade de tratamento da iluminação ou ainda por definir elementos de transição de um local para o outro, de forma que apesar de separados fisicamente, possuam linguagens similares;
  • Definir hierarquias: orienta e pode ajudar a definir uma hierarquia espacial estabelecida. Grupos de luminárias podem delinear áreas, indicando a transiçào, evidenciando acessos e circulações;
  • Sugerir direção: nossa tendência é seguir a luz através dos caminhos, pois os pontos mais brilhantes de luz nos atraem como a "luz no final do túnel". Então se desejamos sugerir uma direção de movimento, a luz precisa ser mais brilhante.
      Luz e Comportamento
      A luz no espaço tanto pode oferecer sensações de bem-estar quanto de desconforto. Pesquisas tem demostrado que níveis mais baixos de iluminação provocam uma redução de ruídos, pois as pessoas tendem a falar mais baixo em baixas iluminâncias e falar mais alto em ambientes de maior claridade.
      Em restaurantes, o tempo de permanência dos clientes pode ser influenciado pelo tipo de iluminação, mesmo respeitando-se as normas vigentes e possíveis variações. Para locais onde se espera que o cliente fique pouco tempo, como lanchonetes e restaurantes self-services, as iluminâncias devem ser bastante altas, pois estimulam a refeição de curta duração. Para as casas que oferecem serviços à la carte, e, portanto, requerem uma permanência prolongada dos clientes, os tratamentos do espaço e da iluminação deverão propiciar relaxamento e conforto.
      Nem sempre os espaços que tem iluminação mais brilhante quer dizer que sejam melhores, aqueles que apresentam apenas iluminação difusa são, muitas vezes, considerados desinteressantes ao contrário daqueles que usam lâmpadas focadas. As situações preferidas parecem apresentar certos aspectos em comum, pois contem variedades de spot lighting e wall lighting.
      É interessante observar que a ocupação em um restaurante geralmente começa pelas mesas onde há mais aconchego e definição espacial. Com relação à iluminação, pesquisas mostraram que as pessoas tem preferência por se sentarem próximos a locais iluminados a ainda voltados para estes.

      Contrastes
      Os contrastes, ou ao que se chama uma interrupção no padrão visual, provocam diferentes reações nas pessoas. Além disso, ajudam na memorização dos detalhes de um espaço, sugerindo profundidade, distância e tridimensionalidade.
      Com relação à velocidade e dinamismo perceptivo, um bom contraste favorece a nitidez de contornos, diferenciando a figura do fundo, entretanto, as semelhanças ou tons sobre tons formam sequências rítmicas lentas e sem definição.

      Tipos de contrastes2:1 Perceptível (subliminar);
      5:1 Perceptível com a área se misturando ao entorno;
      10:1 Claramente perceptível com visào do foco e áreas do entorno;
      50:1 Dramático com sensação de isolamento;

      Cor e FisiologiaA interferência fsiológica e psicológica das cores é uma realidade: a primeira sensação de cor, antes de sua interpretação intelectual, acontece no sistema límbico, restritamente relacionado com a vida vegetativa e emocional. A energia eletromagnética da cor interage com as glândulas pituitária, pineal e hipotálamo, que regulam o sistema endócrino e as funções dos sistemas nervoso simpático e parassimpático, como a fome e a sede. As respostas emocionais (ódio, amor, dor e desprazer) tem origem no grupo de núcleos que formam o sistema límbico.
      As cores quentes (vermelho,laranja e amarelo)provocam sensações de materialidade e proximidade avançando em nossa direção e "diminuindo" o espaço. Por outro lado, as cores frias (azul,verde e violeta) provocam sensações de distância e imaterialidade, recuando e abrindo espaço. O uso coordenado de cores quentes e frias em um mesmo espaço pode fazer com que ele tenha vibrações rítmicas de profundidade.
      Restaurantes que requerem permanência prolongada, por exemplo, possuem por definição um caráter relaxante ou mesmo romântico, onde a luz não deverá ser uniforme e direta, mas localizada em pontos estratégicos, com tonalidade quente. Usar apenas azul em elementos da ambientação não basta, podendo-se equilibrá-lo com a presença do vermelho-bordô ou magenta, despertando sensualidade e emoções.

      Fonte: Lume Arquitetura por Claudia Torres. * Planta Baixa e Cortes : Projeto Luminotécnico de Angela Abdalla

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      sexta-feira, 7 de maio de 2010

      Iluminação Corporativa



      OS efeitos da luz nos ambientes de trabalho
      Empresas de grande porte tem apostado na idéia de que os recursos humanos são seus ativos mais caros e que, portanto, os investimentos em segurança, saúde e bem-estar dos funcionários podem contribuir com o crescimento dos empreendimentos.
      Neste movimento rumo ao conforto, em prol da produtividade, os projetos luminotécnicos tem ganhado cada vez mais espaço. A iluminação, segundo especialistas, influi no funcionamento do organismo humano."A ciência mostrou, nas últimas décadas, a influência positiva da luz no controle do nosso relógio biológico, que regula todos os ritmos diários dos processos fisiológicos e psicológicos", afirma o físico e engenheiro eletricista holandês Wout Van Bommel, responsável pelo centro de excelência em aplicações de iluminação da Philips e presidente do CIE ( Comissão Internacional de Iluminação ).

      Tendências

      A passos largos, depois de séculos de letargia, o mundo parece ter-se voltado para o tema sustentabilidade. E quando se trata de iluminação, economia de energia aparece entre os principais aspectos a serem considerados pelos luminotécnicos.
      A arquiteta Cláudia Andrade lembra que, atualmente, em um único ambiente são realizadas diversas atividades e, segundo ela, cada uma requer um tipo de luz."Esta dinâmica relacionada ao trabalho e trabalhadores não pode mais ser controlada apenas por meios estatísticos e quantitativos, como o montante de luz requerido por normas e legislação vigentes".
      Atualmente, o mercado brasileiro já oferece soluções que prometem economizar na conta de energia e, também oferecer luz "personalizada" para cada usuário ou grupo. Uma delas consiste na idéia de que numa mesma sala, onde pessoas entrem e saem em momentos variados da jornada, não é necessário que todos os postos de trabalho estejam iluminados ao mesmo tempo. Assim, luminárias ou sistemas de iluminação específicos para cada indivíduo ou grupo solucionariam a questão.

      Normas

      As regras para a iluminação de locais de trabalho, no Brasil, são estabelecidas pela Norma Regulamentadora 17, a NR 17, que se refere à ergonomia, do Ministério do Trabalho e Emprego. A regulamentação estabelece que em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. . Determina, ainda, que a iluminação geral deve ser uniformemente difusa e distribuída, o que, segundo o doutor em Engenharia Wilson Teixeira, tem provocado erros de interpretação por parte dos profissionais de iluminação. "É importante observar que não existe a obrigatoriedade de toda a iluminação necessária ser suprida pela iluminação geral, podendo ser empregada iluminação suplementar no campo de trabalho. Costumamos ouvir que a norma diz que a iluminação deve ser geral, uniformemente difusa e distribuída, e que, portanto, é preciso colocar 500 lux em toda a sala. Em momento algum está explicitado que esta [luz geral] deva ser, obrigatoriamente, a única fonte de iluminação ", alerta Wilson Teixeira.


      De acordo com a NR, as regras para iluminação dos ambientes de trabalho são estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR 5413. A norma prevê que as medições de iluminâncias sejam feitas no local onde são realizadas tarefas visuais, e que, apenas, quando não puder ser definido o campo de trabalho exato, que a aferição seja feita, no plano horizontal a 75cm do piso.
      Para equilibrar os conceitos de eficiência energética e conforto ambiental, Teixeira recomenda: "Como a necessidade de iluminâncias mais elevadas está associada à idade, velocidade e precisão de tarefa visual e refletância do fundo da tarefa, o projetista de iluminação pode se valer da estratégia de trabalhar com uma iluminação geral distribuída de menos intensidade e, consequentemente, de menor consumo energético, e suplementar as maiores necessidades com iluminação de tarefa".


      Fonte: Lume Arquitetura
      Imagens: Banco Pactual - SP / Projeto Luminotécnico: Neide Senzi

      quarta-feira, 5 de maio de 2010

      Projeto de Iluminação Residencial




      Luz e bem-estar para ficar em casa
      A cada dia temos mais e mais pessoas-sejam profissionais da arquitetura e decoração ou simplesmente simpatizantes da arte de iluminar-percebendo a iluminação como forma de despertar sensações no ser humano.Este avanço vem se dando intensamente devido ao constante aumento na opção de produtos disponíveis, no suporte oferecido pelos fornecedores, nas condições de capacitação profissional e no acesso à informação. Esta ampla abertura de mercado torna necessário, mais do que nunca, uma análise sobre o objetivo real da iluminação num ambiente.
      No caso de espaços comerciais, indústrias e hospitais, por exemplo, existem normas e requisitos a serem seguidos com maior rigor. Entretanto, quando entramos no campo da iluminação residencial, além dos critérios técnicos e estéticos, é preciso especial atenção ao aspecto psicológico. Como em qualquer outro tipo de situação, temos que analisar o partido arquitetônico da obra e a arquitetura de interiores para definirmos a proposta estética do projeto luminotécnico, detalhes a serem valorizados, necessidade do uso de iluminação natural e/ou artificial... Tão importante quanto esta análise, entretanto, é o conhecimento sobre o perfil das pessoas que vão ocupar a residência. Temos que entrar no universo desses moradores e priorizar seu bem-viver como diretriz do projeto.
      Moradores das grandes cidades vem transformando suas residências em locais de lazer, com anbientes integrados, preparados para receber convidados com maior frequencia e conforto, seja pela questão da segurança ou pelo fato de que há uma infinidade de recursos, atualmente, para que "ficar em casa" venha a se tornar um grande programa. Para realizarem este objetivo, contratam profissionais especializados, entre eles, lighting designers. Embora esses moradores, muitas vezes, tenham noção do que gostariam de ver em suas casas, cabe ao lighting designer traduzir estes desejos em um projeto cujo resultado atenda às expectativas deles. Há que se respeitar o estilo e preferência de cada cliente, nunca deixando, entretanto, de dar a ele a devida orientação e sugestão, para se evitar, principalmente, o excesso de pontos de luz - que por vezes acabam nem sendo usados - e um desnecessário consumo de energia. Temos que pesquisar as fontes mais eficientes, aplicá-las com bom senso e equilíbrio, para que a iluminação ofereça conforto, beleza, segurança e condições para o desempenho de tarefas.
      As residências de hoje são muito mais do que simples moradias. São o que se pode chamar de ambientes multimídia, onde as pessoas trabalham, estudam, se divertem. A tendência é que este modelo de vida passe a ser cada vez mais usual, uma vez que a tecnologia facilita a locomoção das pessoas e a execução de suas tarefas, organiza o caos do mundo exterior e as protege do desconhecido. Por isso, quando pensamos na iluminação de uma residência, temos que estar cientes de que nossa tarefa não é a de, simplesmente, criar um ambiente iluminado que siga algum modismo fazendo-o parecer uma loja ou galeria de arte. O que está em nossas mãos é a responsabilidade de garantir o bem-estar de indivíduos. Afinal, no mundo moderno, o ambiente doméstico é o lugar onde as pessoas menos passam seu tempo, e , justamente por isso, quando podem desfrutar dele, elas querem sentir-se, literalmente , em casa !


      Fonte: Lume Arquitetura por Edson Veronese

      segunda-feira, 3 de maio de 2010

      Iluminação de Espaços Comerciais


      Um dos principais fatores para o sucesso de uma instalação comercial é a iluminação. Em qualquer loja, seja qual for a atividade, a iluminação vai determinar os destaques, o ambiente, as cores e os pontos de maior interesse.Sem uma iluminação adequada, a mercadoria não se destaca, desperta pouco interesse e, simplesmente, não vende ou vende menos do que poderia. A iluminação é uma arma indispensável como fator de diferenciação perante a concorrência e é um dos aspectos que mais tem evoluído na estética dos ambientes comerciais nos últimos anos.
      A tendência do espaço comercial é se transformar em cenário. Atualmente, o avanço da tecnologia unido à cultura da globalização, onde tudo é igual em todos os lugares, favoreceu a arquitetura dos olhos. Esta arquitetura está voltada para a arte da imagem instantânea. Ir às compras tornou-se sinônimo de lazer. A ambientação da loja cria uma atmosfera de sonho e fantasia, levando o cliente a esquecer temporariamente os seus problemas e desfrutar um momento de compra prazeroso.
      Percorrer os corredores de uma loja passa a ser uma viagem a um mundo de aroams, sabores e boas experiências.A atmosfera de uma loja é a soma de um conjunto de fatores capazes de influenciar o comportamento e as decisões dos consumidores. Ela é influenciada por atributos como o layout, as instalações, a apresentação das mercadorias e, principalmente, pela iluminação. Uma boa iluminação é a chave de sucesso de uma loja, a luz cria sensações e é essencial na configuração do cenário.

      Luz adequada pode determinar o sucesso de supermercados

      A capacidade de comunicação é um aspecto vital do cenário, pois influencia a natureza das relações e as integrações entre clientes e prestadores de serviços. Todos os aspectos ambientais como luz, cor, temperatura, ruídos, música, podem afetar a interação dos consumidores com a empresa e seus funcionários. Podem afetar o comportamento e a atitude do consumidor em relação à duração da compra e à disposição de retornar. Quanto mais estimulante for o cenário, maior a interação e a influência sobre o cliente e, com isso, as compras se tornam uma experiência agradável.

      Estética e estratégia

      Um projeto de iluminação bem sucedido se organiza em três elementos principais: a primeira impressão, a transição e a tarefa. A primeira impressão é, na verdade, uma sucessão de visões que devem funcionar como instantâneos fotográficos desde a porta de entrada, ao dobrar um corredor para o interior da loja, etc. A transição é feita através da circulação pelo espaço e pelos estímulos que podem ser oferecidos no caminho, como os focos de interesse. A luz deve facilitar e enfatizar a tarefa e, principalmente, atender à utilização do espaço.
      Além dos propósitos estéticos e estratégicos, a luz cria condições gratificantes e favoráveis para o relacionamento entre a empresa e o consumidor. Uma boa iluminação oferece um clima confortável para a realização da compra, ajuda a atrair os olhares dos clientes para os produtos expostos, podendo conduzi-los pela loja e para os caixas. Uma luz confortável ativa a atenção e o interesse dos consumidores, é capaz de proporcionar experiências prazerosas e aumentar a capacidade de concentração das pessoas.
      A iluminação deve estar sempre integrada à arquitetura e, principalmente, à comunicação visual que o lojista quer oferecer. Além de ser um elemento decorativo e de conforto, a luz está associada às estratégias de vendas, pois ela é um suporte da percepção visual.

      Estimulando o consumidor

      A qualidade da luz em um ambiente comercial é baseada no desempenho visual do ser humano. Por esta razão é importante entender a sensação da visão, as demais sensações e a percepção que o homem tem do ambiente contruído.Ao comprar, o homem está suscetível as suas próprias ações, aos estímulos provenientes do meio e até mesmo à ação de terceiros. Quando o cliente entra em uma loja, inúmeros estímulos podem influenciar sua permanência no local.

      A escolha das fontes de luz

      A luz pode atrair e também afastar as pessoas. Locais mal iluminados, seja pelo excesso, seja pela falta de luminosidade, levam o consumidor a procurar outras lojas. O excesso de fontes de luz ocasiona calor excessivo, causando inquietação e incômodo nos clientes. Os ambientes de pouca luz passam a impressão de decadência, morbidez, falta de cuidado com o ambiente e principalmente, põe em dúvida a qualidade dos produtos e dos serviços oferecidos pela loja.
      Os componentes simbólicos, sensoriais e psicológicos da luz são elementos subjetivos para o projeto de iluminação, pois determinam a atmosfera do ambiente. A luz imprime, de maneira diferenciada e duradoura, a nossa percepção de espaço ou a imagem de um local gera impressões psicológicas. A simples escolha de lâmpadas com uma determinada cor e tonalidade pode, facilmente, gerar associação às noções de frio e de calor para a maioria das pessoas.
      A luz é o único elemento dinâmico de um projeto que pode ocupar o espaço sem obstruí-lo. Essas características simbólicas da luz começam a ser mais exploradas na iluminação comercial.
      A luz pode ser manipulada constantemente para provocar diferentes sensações nas pessoas. A iluminação técnica e a decorativa tem a função de guiar, enquanto a cênica e a temática tem a função de indução e contemplação. A junção delas traz dramaticidade ao ambiente, ou seja, a combinação entre luz e sombra, cor e movimento. Iluminação ideal é aquela que ressalta cores e formas, sem provocar desconforto visual e térmico. Deve ser capaz de reproduzir bem as cores e texturas, com qualidade e quantidade correta de luz e com focos capazes de dar um destaque apropriado ao produto.


      Fonte: Lume Arquitetura por Ivone Chou