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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Iluminação em aeronaves

Luz oferece conforto, ambientação e beleza à aviação executiva


A iluminação como parte indispensável de um projeto, seja ele arquitetônico ou de interiores, vem alçando vôos cada vez mais altos. Literalmente.Tanto que o interior de uma aeronave executiva, que já tem como requisito importante e imprescindível em sua cabine de passageiros um alto padrão de qualidade em design e materiais de acabamento, requer também uma iluminação à altura destes critérios.Afinal, a cabine deste tipo de aeronave é o local em que o passageiro utiliza durante as viagens para relaxar e tratar de negócios.
A iluminação da cabine de passageiros é desenvolvida para criar diversos ambientes, primando pela qualidade, beleza e sofisticação.

Temperatura de cor e comportamento
Durante o vôo, o passageiro é submetido a diversas situações como decolagem, subida até a altitude de cruzeiro, onde permanece por um determinado período até iniciar os procedimentos de descida e aproximação, finalizando com o pouso. Essas fases podem provocar sensações que podem variar de pessoa para pessoa, porém muitas se sentem angustiadas durante a decolagem e o pouso. Esta angústia pode, em casos extremos, durar todo o vôo. O volume da cabine e o fato de ser um local fechado também podem provocar sensações negativas, como claustrofobia, por exemplo.
As novas tecnologias de LEDs RGB (Light Emiting Diode - Red,Green,Blue)e a possibilidade de se obter várias cores com o sistema, permitem utilizá-las na criação de ambientes que amenizem estes sentimentos dos passageiros. Nos pousos e decolagens, por exemplo, uma tonalidade azul transmite serenidade, tranquilidade. Para a hora da refeição, uma cor vibrante, estimula o apetite. O branco-frio estimula a concentração, mantendo as pessoas mais atentas. Este ambiente é criado quando as pessoas querem tratar de negócios, ou utilizar as áreas de trabalho. O branco-quente, ao contrário, gera relaxamento e uma ambientação própria para conversas sociais.

Diversos cenários
A iluminação das atuais aeronaves executivas segue as tendências aplicadas às residências e escritórios. Para a obtenção de diversos cenários, são utilizados conceitos de continuidade, sombra, pouco e muito iluminamento. Estes conceitos são obtidos pelo design dos elementos de iluminação, sua quantidade, a instalação e o recurso de dimerização. Existe uma luz geral que provê um nível de iluminância necessário para as atividades executadas, que é somada à iluminação de efeito. A luz natural, obtida através de espaçosas janelas deste tipo de aeronave, complementa a iluminação.

Iluminação de cortesia
Existem detalhes do projeto que podem passar despercebidos pelos passageiros: por exemplo, mesmo com os geradores desligados, a aeronave provê uma iluminação necessária ao embarque seguro, nos degraus da escada, na entrada da aeronave e em alguns pontos da cabine.

Área de trabalho
Na galley, nome em inglês da "cozinha"do avião, além da iluminação de efeito instalada no fundo de uma cristaleira, há uma iluminação dirigida para a área de trabalho, pois é ali que os comissários, ou até mesmo o passageiro, irá preparar as refeições ou fazer um café expresso, por exemplo. Para auxiliar, nesta área da aeronave também há iluminação no teto.

Luz de leitura
Para cada passageiro há uma luminária específica para leitura, instalada sobre o assento, que pode possuir até três níveis de iluminância, para que o passageiro que preferir ler ou trabalhar não incomode a pessoa ao lado.

Iluminação de emergência
O sistema de iluminação utilizado em situações de emergência é composto por baterias, luminárias e placares iluminados. Ele provê, ao longo da cabine, um nível de iluminância mínima suficiente para a saída segura dos passageiros; no piso ou próximo ao piso, indica a rota a ser seguida e, por meio dos placares iluminados, aponta para as saídas.
Nas aeronaves executivas, busca-se a utilização de elementos discretos, que não poluam o layout da cabine. Como é o caso do fotoluminescente, frequentemente utilizado em aeronaves regionais para indicar as rotas de escape. Nas aeronaves executivas ele é substituído por pequenas luminárias instaladas nas laterais dos assentos, instaladas de forma ficarem praticamente imperceptíveis.


Tecnologia
A tecnologia escolhida deve atender aos requisitos de iluminação, tais como temperatura de cor, índice de reprodução de cor (IRC) e nível de iluminância, e aos específicos da aeronave, tais como as exigências de certificação aeronáutica, baixo peso, baixo consumo elétrico, baixo índice de falhas, etc.
Os componentes do sistema de iluminação devem ser projetados e qualificados de acordo com normas específicas, que incluem ensaios ambientais e elétricos, buscando garantir funcionamento e desempenho esperados, sem gerar interferência nos demais sistemas da aeronave.
Atualmente, os LEDs tem sido utilizados com bastante frequência nas aeronaves executivas, poia além de atender aos requisitos mencionados, podem proporcionar o efeito de mood-lighting (RGB). Porém, para esta área em crescimento, continua a busca de inovações e a utilização de novos produtos.


Fonte: Lume Arquitetura ed.33 por Marina Zenum e Camila Lautenschlager

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